O assunto é mais comum do que se imagina. Contudo, a questão acaba sendo "maquiada" pelo tal constrangimento de falar com seu treinador, com médico ou colega de treino. O alto impacto da corrida pode sobrecarregar a musculatura do assoalho pélvico, o grupo de músculos que sustenta a parte baixa do abdome e acaba acontecendo a incontinência.
Tenho uma amiga corredora, que me relatou que passou pela situação, mais de uma vez em provas. Ela já é mãe e segundo os especialistas, mulheres pós parto são mais susceptíveis a ter o problema. A notícia boa é que tem tratamento. A dica é fazer exercícios de contração, similar quando se quer segurar a urina.
Achei uma reportagem bem bacana que fala sobre a incontinência e os corredores, publicada no portal O2 por minuto. Separei alguns trechos para compartilhar aqui. Confira:
A perda involuntária de urina, problema conhecido como incontinência urinária, é considerada comum entre as chamadas mulheres que já fizeram dois ou mais partos, que retiraram o útero ou que se encontram no período da pós-menopausa. Porém, em mulheres que praticam algum tipo de atividade física de alto impacto, como é a corrida, é possível que o problema ocorra até nas corredoras mais jovens.
Por ser uma atividade de médio a alto impacto, a corrida também contribui em alguns casos para a incontinência, dependendo da carga de treino da mulher. O que muitas corredoras não sabem é que o distúrbio pode ser tratado. Há uma série de exercícios fisioterápicos que “preparam” a musculatura pélvica para o impacto da corrida.
Segundo o urologista Flávio Trigo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ao correr, a região da pélvis é altamente solicitada, fazendo com que toda essa região “vibre” bastante. Assim, se a musculatura pélvica não estiver forte o suficiente, ela não aguenta a pressão da urina na bexiga. Esse tipo de incontinência é conhecido como “incontinência por esforço”.
A fisioterapeuta Laura Grechi Della Negra, especialista disfunções do assoalho pélvico pela Unifesp, explica que a avaliação é simples. “A primeira coisa a se fazer é avaliar em que estado está a força do assoalho pélvico. Acompanho as atletas na esteira e fazemos os exercícios de contração da musculatura”, diz.
Segundo Laura, o tratamento varia conforme o estado da musculatura feminina: “Os primeiros exercícios são de contração, ou seja, simular o esforço feito para segurar a urina e as fezes pela vagina e ânus, ‘puxando para dentro’. Se for necessário, fazemos um eletro-estimulação, que é uma sonda intravaginal, que ajuda a contração. Ou ainda pode ser feito o uso de cones vaginais, que são como absorventes internos, porém com pesos, para que se possa exercitar a musculatura.”
Um bom motivo para se tratar é que um problema dessa dimensão tende a piorar a performance. “A queda de rendimento é inevitável, pois ao perder urina durante a corrida, perde-se também a concentração e desempenho da corredora”, conclui Laura.
Doutora em ciência da saúde pela Unifesp, a ginecologista Maíta Poli de Araújo desenvolve um programa de tratamento de atletas mulheres que sofrem do problema. “O objetivo do meu trabalho é alertar treinadores e preparadores físicos da importância do exercício direcionado ao assoalho pélvico, juntamente com o aquecimento, antes de correr”, diz.
Maíta dá mais uma dica para a prevenção da incontinência: “Realizar o treinamento em gramado ou terreno aclive diminui o impacto na musculatura”. Se a atleta perde urina com frequência, o ideal é a interrupção da prática do exercício durante o tratamento. “Depois, o recomendado é que a atleta retorne às atividades, começando por um esporte de baixo impacto”, sugere. Nos esportes de baixo risco se enquadram a natação, ciclismo e remo, por exemplo. Cirurgia só em casos extremos. Assim, aos poucos, a atleta pode voltar às atividades esportivas.
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Forte abraço e bons km's!!
Realmente, é um problema bem comum na população. Que bom que tu compartilhas este tipo de assunto, para os leitores é ótimo. Beijo carinhoso e bom findi.
ResponderExcluirIvana, fui dar mais atenção ao tema quando minha amiga relatou o que acontecia com ela.Acho que divulgar o assunto é uma ótima maneira para evitar o problema.
Excluirbeijos querida e boa semana!!
Será que também não tem algo a ver com over-hidration (super-hidratação)? Há tantos fatores por trás disso. Pena de vocês mulheres; sempre encontram empecilhos para a prática esportiva. Genética cruel. Meus parabéns a quem insiste nela. tem que teimar, não é?
ResponderExcluirIvan, pra tudo da-se um jeito. Com atenção aos sinais, podem ser evitados muitos constrangimentos e até os sintomas. Observar o corpo é uma arte.
ExcluirAinda bem que a mulherada não desanima por pouca coisa. ;)
abraço e boas corridas.
De fato, é coisa bem ruim. Eu que só fico com vontade já acho ruim, imagina quem tem a tal da incontinência.
ResponderExcluirNão que eu queira ter incontinência, mas se na maratona de POA a urina saísse quando quisesse e não me fizesse parar por quase 1 minuto no banheiro seria bem melhor haha.
Enio, tu tens cada ideia.
ExcluirTem que botar mais sebo na canela e não cortar a ida ao banheiro.hehe
abraços ;)
Li que a musculação também ajuda a previnir o problema... Bora malhar mulherada! ;)
ResponderExcluirCarlinha/Fer, musculação ajuda muita coisa. Fortalecer a região pélvica é uma ótima ideia. =) #Vamosmalhar
ExcluirExcelente tema Helena.
ResponderExcluirParabéns por ajudar divulgar isso. É importante estarmos atentos a tudo!
Obrigada, Luiz.
ExcluirObservar é o primeiro passo para evitar algo maior.
abraços ;)