Imagem: O2 por minuto |
Não era novidade a dor na virilha. Na verdade, era o sinal que a coisa não estava indo bem. O excesso de carga dos treinos me rendeu a tal Pubalgia. A minha sorte é que no primeiro grito de dor, eu resolvi parar. E segundo a opinião médica e também da minha fisioterapeuta, foi isso que garantiu que a lesão estivesse num grau leve.
A dor no púbis é como uma dor aguda, uma hérnia. É triste e dá um desânimo. Por isso, decidi parar de contar os dias sem corrida (pelo menos aqui publicamente, hehe). O que me anima é que estou firme nas sessões de fisioterapia e em breve estarei de volta nas pistas. Resolvi fazer um post explicando sobre o assunto.
PUBALGIA, e agora?
A Pubalgia é uma inflamação na região do púbis (o osso que se localiza no final do músculo do abdômen, sob a região genital). Ela é muito frequente entre corredores, jogadores de tênis e futebol. Quando um grupo muscular está muito mais forte que o outro, a diferença de forças gera um desgaste local, podendo ocasionar uma inflamação e, consequentemente, ficar estabelecido o quadro clínico de: dor na região do púbis. Outro fator que leva a pubalgia é o uso de tênis inadequado ou excesso de treino.
O desconforto no local pode ser sentido em movimentos simples, como levantar e sentar, virar o quadril de maneira abrupta, subir e descer escadas e até mesmo caminhando. O tratamento deve ser acompanhado com um profissional, podendo ser um ortopedista esportivo ou um fisioterapeuta. O primeiro passo será a realização de um exame de imagem (ultrassom ou ressonância) para avaliar a sua situação pessoal.
Para entender os tipos lesões, aconselho a leitura deste post da Clínica de Fisioterapia Optima, de São Paulo. Em resumo, o fisioterapeuta Claudio Rubens explica que existem quatro subtipos de pubalgia:
.Osteíte Púbica:
É um processo degenerativo da Sínfise Púbica, que ocorre devido ao stress de um lado da articulação “raspar” contra o outro. Na Osteíta Púbica se observa, nos exames de imagem, edema ósseo ao redor da sínfise púbica e outras alterações ósseas, que indicam uma degeneração local.
.Lesão dos Adutores no ponto de fixação:
Pode ser uma Tendinopatia dos Adutores (especialmente do Adutor Longo), Estiramentos no Tendão, Estiramentos do músculo Adutor, Entesites (lesão na transição entre tendão e osso.
.Lesão do Reto Abdominal no ponto de fixação:
As mesmas condições que afetam os músculos adutores podem afetar o músculo Reto Abdominal em seu ponto de fixação.
.Lesões da Aponeurose Comum do Músculo Adutor Longo com Reto Abdominal:
A Aponeurose é um tecido fascial que é formado por fibras que saem do tendão desses músculos na região do púbis. Essas fibras se combinam, dando origem à Aponeurose, um tecido que funciona como uma ponte de ligação entre esses dois tendões. Essa combinação faz com que lesões que afetem o tendão do músculo reto abdominal tenham influência no tendão dos Adutores, e vice-versa. Acredita-se que muitos casos de Pubalgia tenham origem em rupturas dessa Aponeurose.
O Tratamento
Além do tratamento médico, o corredor terá que se submeter a fisioterapia e sessões de gelo (crioterapia). O objetivo será diminuir a dor e a inflamação, aumentar a resistência do tendão, restabelecer o equilíbrio muscular, melhorar a estabilidade do quadril e da coluna.
Tive que tomar anti-inflamatório por seis dias e usar gelo todos os dias. Assim que a dor crônica sumiu, eu iniciei as sessões de fisioterapia. Neste momento, o tratamento tem sido feito com eletroestimulação, que visa analgesia e fortalecimento muscular. Além disso tem sido feita aplicação de ultrassom com gel e cremes, que promove a vasodilatação pré capilar eliminando algumas substâncias inflamatórias dos tendões.
O próximo passo serão os exercícios específicos para fortalecer e tonificar a musculatura. Eles visam o reequilíbrio muscular e principalmente a tolerância dos músculos ao esforços, acompanhado de uma série de alongamentos e finalizando com os trabalhos proprioceptivos que caracterizam-se pelo gesto esportivo realizado repetitivamente até que a resposta traga a estabilidade apropriada para corrida.
Confesso que me sinto que nem aqueles jogadores de futebol, nas salas de departamento médico. Mil fios e eu ali deitada na maca. O que me deixa feliz mesmo é que estou em tratamento e tenho todo apoio da família, do treinador e dos amigos. Isso me enche de força e coragem. Valeu, gente!!
Forte abraço e bons treinos!!
Além do tratamento médico, o corredor terá que se submeter a fisioterapia e sessões de gelo (crioterapia). O objetivo será diminuir a dor e a inflamação, aumentar a resistência do tendão, restabelecer o equilíbrio muscular, melhorar a estabilidade do quadril e da coluna.
Tive que tomar anti-inflamatório por seis dias e usar gelo todos os dias. Assim que a dor crônica sumiu, eu iniciei as sessões de fisioterapia. Neste momento, o tratamento tem sido feito com eletroestimulação, que visa analgesia e fortalecimento muscular. Além disso tem sido feita aplicação de ultrassom com gel e cremes, que promove a vasodilatação pré capilar eliminando algumas substâncias inflamatórias dos tendões.
O próximo passo serão os exercícios específicos para fortalecer e tonificar a musculatura. Eles visam o reequilíbrio muscular e principalmente a tolerância dos músculos ao esforços, acompanhado de uma série de alongamentos e finalizando com os trabalhos proprioceptivos que caracterizam-se pelo gesto esportivo realizado repetitivamente até que a resposta traga a estabilidade apropriada para corrida.
Sessão de eletroestimulação (tonus) |
Confesso que me sinto que nem aqueles jogadores de futebol, nas salas de departamento médico. Mil fios e eu ali deitada na maca. O que me deixa feliz mesmo é que estou em tratamento e tenho todo apoio da família, do treinador e dos amigos. Isso me enche de força e coragem. Valeu, gente!!
Forte abraço e bons treinos!!
Puxa, Helena. Não sabia dessa sua lesão. Felizmente você não deixou ficar mais grave e logo logo se recupera. Isso me fez lembrar da minha no joelho no ano passado. Foram quase 2 meses de fisioterapia (inclusive com esses ultrassom com gel, choques e gelo) e fortalecimento muscular, mas valeu a pena. Me recuperei legal e hoje estou me sentindo melhor que antes. Segue firme e com paciência que logo voltará e melhor !!! Abraço e boa recuperação.
ResponderExcluirOi Eduardo.
ExcluirDar um passo pra trás, muitas vezes, é a melhor opção para uma boa recuperação. Sigo em busca! abraço
Isso aí. Tamo junto!! Bjsss
ResponderExcluirObrigada Isa.
ExcluirBoa recuperação pra ti. Cuida dessa perna aí!! beijos
Helena,
ResponderExcluirforça aí no tratamento, na torcida para que você volte aos treinos o mais breve possível!!
Abraço
Oi Jorge.
ExcluirObrigada pelo apoio. Tentei comentar no seu blog, mas não estou conseguindo. Diz que não estou inscrita, mas estou. :/ Fica aqui o registro de parabéns pela sua conquista em Jerusalém. Abraço
Oi Helena, minha querida!!
ResponderExcluirFica firme que logo logo estarás de volta..
Ainda bem que vc tem todo esse recurso, vai voltar zeradinha.
Beijos, bom fim de semana.
Oi Simone.
ExcluirSabe que eu pensei nisso também. Fisioterapia não é um tratamento barato. Eu consegui ainda pelo plano de saúde, o que me deixou bem feliz. Foco na recuperação. beijos
Helena, leve isso como só mais um probleminha que logo será resolvido. Vc supera limites e isso será fácil de se livrar.
ResponderExcluirMelhoras pra vc.
Oi Fábio, Valeu pela força. Estou seguindo firme no tratamento. Sem mimimi. Bons treinos pra você.
ExcluirOi Helena,
ResponderExcluirvi no Instagram que você já está fazendo caminhada, né? Boa notícia! Logo, logo estará correndo também! É isso aí, amiga, força e coragem sempre!
Beijo,
Dani.
Blog Dani Corredora
Oi Dani.
ExcluirA caminhada foi liberada pela fisioterapeuta esta semana. De leve, lógico, mas pode. Estou fazendo passeio de vovó por 30 minutos. Mas, já está valendo. Uhuuuuu beijos lindona
Oi boa tarde , como fazer o tratamento do Pubis em casa ,e qual o melhor remédio para dor ? Desde já agradeço.
ResponderExcluirOlá, Mauro.
ExcluirDesculpe o delay...Estava offline(férias).
Faça compressa de gelo (sempre). Mesmo que aparentemente tenha passado a dor. Gelo é seu melhor amigo na recuperação de lesão. Incluindo microlesões. Eu tomei antiinflamatório e não tomei nada para dor. Mas acho que um medico lhe indicaria uma dipirona ou dorflex. Seria bom consultar um profissional. Assim que passar esta fase, sugiro procurar um fisioterapeuta e iniciar os exercícios mesmo em casa. Série diárias para fortalecer a região do púbis. Boa sorte pra você!
Boa noite, estou com essa lesão há 8 meses!! Fui jogar bola e acabei levando um chute muito forte no meu pé esquerdo ao ponto de levantar a minha perna. Fiz nesse período 2 ressonância magnética que constataram a pubalgia e um edema ósseo.
ResponderExcluirFaço fisioterapia e não pratico atividade física desde então. Era extremante ativo, fazia corrida, andava de bike e jogava bola. Adianto a todos que é uma lesão terrível para quem gosta de praticar esportes; pois não tem previsão de cura. Só para vocês terem uma noção, da primeira para a última ressonância magnética que fiz, a lesão "recuou" uns 30% em 8 meses!!!
Lembro-me que nos primeiros dias era impossível descer da cama, espirrar, tossir, abaixar, fazer sexo, dar gargalhadas sem sentir uma dor insuportável. Aconselho a todos os praticantes de esportes a fazerem,sempre, fortalecimento muscular, aquecer antes dos treinos e comprar um tênis de acordo com a sua pisada!
Aqueles infelizes, como eu, que estão passando por esse perrengue só tenho três coisas a dizer:
1- Tenha fé em Deus;
2- Tenha paciência;
3- E siga as orientações do seu médico.
As três diretrizes mencionadas se fazem oportunas. Obrigada pelo comentário. Compartilho da mesma opinião. Sinto "resquícios" da lesão até hoje. Como uma sombra, infelizmente.
ExcluirSucesso no tratamento de todos!!
Puuutz tava no treino quando senti a dor agora vou ir no médico aff quanto tempo será que irei me afastar ?
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