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Emoção demais completar a meia maratona. |
Dividi a postagem de Buenos Aires em duas. Nesta abordo as emoções vividas na meia maratona, num modelo diferente do tradicional. Afinal estreia é sempre estreia né?! Na Parte II trago o que vi e amei em Buenos Aires. Preparem-se é tudo lindo demais. Adianto que vale o passeio. ;)
Quando começa a prova
A gente se dá conta que a prova é realmente grande quando chega e vê a estrutura montada para a Retirada do kit. Eu como manezinha da ilha nunca tinha ido numa feira tão grande assim. Adorei, claro. O evento começou ali pra mim. Pude personalizar minha camiseta da prova com meu nome, bater foto para pôr no mural da Adidas (patrocinadora oficial) onde constavam os retratos de todos os corredores e ainda conferir os estandes dos patrocinadores.
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Simplesmente show a ideia do mural da Adidas. Ó Floripa ali no meio. |
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Conferindo o kit com a Ana, minha sister de viagem e de corrida. |
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Kit simples, mas com nome ficou lindoooo. |
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Com as Deusas da Just Run, na hora de customizar a camiseta da prova. |
A retirada do kit não levou 2 minutos. O Biano fez um video e dá para sentir a vibe. Sente aí:
O grande dia
Claro que a ansiedade tomou conta de mim. Acho que todo estreante em corridas de rua (ou numa nova distância) passa por isso. Fica naquela pilha de querer chegar logo o amanhã. Lembro de ter dormido três horas. Depois foi um festival de vira aqui, vira ali até tocar o despertador (me neguei a ver que horas eram). Cinco da matina e eu lá tomando uma ducha para "despertar". Tivemos uma reunião do grupo no quarto do
coah no hotel, onde assistimos um video dos amigos que ficaram no Brasil desejando boa prova e outro com imagens inspiradoras para turbinar a corrida. O Leo é realmente muito atencioso com seus pupilos. Emocionante!! \o/
Dali, café da manhã e pegamos estrada.
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Pegamos o ônibus ainda era noite. Todo mundo meio tenso, mas animado. |
Chegamos na área da prova com trinta minutos de antecedência e fomos direto se posicionar na linha de partida. Tinha muita gente na frente e muuuita gente atrás. O aquecimento teve que ser dentro da prova. Só dei uns saltinhos enquanto não soava a buzina.
A prova
A largada da meia maratona aconteceu às 07h30 da manhã. Não havia distância alternativa. Estávamos em pouco mais de 17.700 corredores. Quando cruzei o pórtico, já se passava de oito minutos da largada. Era um mar de rosa e laranja sem fim. Nunca corri nestas condições, mas foi demais. Energia contagiante do início ao fim, só que no sotaque deles (claro!).
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A largada era um mar de rosa e laranja sem fim. |
Falando nisso, o povo argentino adora os brasileiros. Muitas vezes ouvi
"Vamos tchica, vamos Brasil". Gente, eles param para assistir a prova, levam bandeirolas e cantam. Eta, povo animado. Logo no km 3 avistei os Beatles. A banda cover dava seus gritinhos de "ié ié ié" e a turma gritava junto. Muito legal. Me lembrei do video do Danilo, onde mostrava as bandas da edição passada. Fiquei pensando: agora é a nossa vez de conferir de perto isso aí (o Danilo tbem fez a prova, mas não o vi infelizmente)
Até o km 5, eu cumpri minha estratégia inicial de correr na casa dos 5:50.
Eu não fui com um plano mega elaborado de participação, era apenas completar bem. Porém, eu sabia que se ficasse nesse ritmo seria confortável pra mim. No entanto, o sol apareceu. E com ele, o calor (lembrei do Fábio dizendo que a temperatura varia muito em Buenos Aires) Não deu outra! Então decidi mudar tudo. Baixei o ritmo para 6:00/km. Tomei um sachê de mel (lembrei da Dani e da Polly, das suas vibrações positivas de Curitiba) enquanto passava pelo Elvis - ele também estava na prova hahaha.
No Km 6 me concentrei no ritmo. Estava chegando a subida que o Jorge havia comentado. Aliás, a organização mencionou alguma coisa sobre prova plana, mas eu não achei não. Teve várias subidas. Volta e meia a gente via aquele mar laranja lá embaixo ou lá em cima. Irado! A subida se estendeu até o fim do km 7. Nessa hora tocou
Kick Starts. Impossível não lembrar da Marcinha e de todas as Running Divas. Acelerei o passo. Foi um gás, um plus. A força delas me move, não tem jeito.
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Correndo de bem com a vida pelas principais avenidas de Buenos Aires. |
No km 9 avistei o Michael Jackson. Muita gente batendo foto, segurando a mão do astro pop "facke".hehehe Ali percebi onde estava, em frente ao Obelisco. Mas, além disso, me dei conta de que estava correndo pelos pontos turísticos de Buenos Aires. Eu sabia, lógico, mas observei com um olhar diferente. Curtindo realmente cada passada. Fiz questão de cumprimentar todos os brasileiros que eu ultrapassava. Era o mínimo que eu podia fazer. A troca de energia foi muito legal.
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Na Avenida Corrientes, onde fica o Obelisco. |
O km 12 foi bem difícil pra mim. O sol batia forte. Estava 25 graus. As palavras da Drica, da Ju e da Dani me vieram a cabeça. Então decidi re-planejar mais uma vez a estratégia. Decidi abandonar essa história de relógio, garmin, ritmo e fui na sensação. Me lembrei do passo constante do Dionísio, da turma dos ultras. Pensei em como são guerreiros. Lembrei da Elis que está sumida dos blogs.
Nesse ponto avistei o show de tango e logo adiante uma tenda eletrônica. Tomei meu terceiro sachê de mel. Lembrei do Fabiano Shumurani e da 'patotinha' do twitter que já está acostumada com a distância dos 21km e disse que eu conseguiria. Quando me dei conta já tinham se passado cinco quilômetros.
Fui sentir o peso das pernas no Km 19. E esse sim foi um ponto bem chato do percurso. Aquele que você está perto de completar, mas ainda falta chão pra percorrer. Pensei no meu marido que estava na linha de chegada, que deveria chegar inteira pra ele. A força veio que instantaneamente. Achei que se eu lembrasse de cada um acharia força pra seguir a diante.
Então criei um jogo de lembrar dos amigos: Luiz, Yara, Carol, Milton, Diego, Israel, Ju, Carla, Brunno, Victor, Simone, Isa, Enio, Fábio, Eduardo, Flávia, Jorge Ultra, Majo Yslei, Thales, Fernando, Ana Clara, Fernanda, Pri, Andrea, Marcelo, Ivana, Bruno, Cleber, Karinne, Baby, Josa Jr, Renata, Puma e Tuca, Ingrid, Adolfo, Paulo, Sam, Marta, Leonardo, Geisa, Marco, Rebeca, Sérgio, Julian, Fran, Rinaldo, Claudinha, Luísa, Cassius, Luciano, Ju Bam, André, Ana, Ivan, Roberto, Douglas, Luciana, Rodrigo, Maurício (...) e isso me deu muita força.
O sonho de viajar pra correr a meia era meu, mas a realização dele certamente foi nossa. Pelo menos é o que senti ao cruzar o pórtico dos 21 km da Meia Maratona de Buenos Aires. Todos amigos estiveram comigo em algum trecho da prova. As palavras de incentivo me acompanharam durante toda corrida e foram cruciais para que eu alcançasse o meu objetivo.
Completei, no garmin, em 02:09:51. Esta foi a minha estreia. O sorriso não saí do rosto desde então. Um filme passa na cabeça, a emoção está a flor da pele. Amei correr em Buenos Aires, cidade maravilhosa.
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VIDAL: sem ele, eu não teria conseguido. |
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A equipe medalhada: entre os 18 corredores, 15 eram estreantes.
A viagem com essa turma foi demais!!! |
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O coach que faz a gente acreditar em milagre. |
Agradeço aqui ao Leonardo Marmitt, treinador que me preparou para o desafio. Sem dúvidas, a confiança dele me passou tranquilidade. Minha gratidão ao meu incentivador master Fabiano VIDAL, que me apoiou de forma incondicional nos treinos, na viagem e durante toda realização do meu sonho. #Loveu4ever Meu obrigada a minha família: pai, mãe, Nuck, Gui, Gabi, Juca, Mari, Elis, Anjo e Tia Rosi, por acreditarem que eu conseguiria.
A todos os amigos, muito muito obrigada pela força.
Só me avisem quando acaba a endorfina da meia maratona, porque sinto que ainda tenho um estoque. Deve ser a felicidade de compartilhar isso aqui com vocês.
Forte abraço e bons km's turma!!!