Nos últimos dias, apareceu uma interrogação em meus pensamentos. Fiquei com aquela pergunta: "em que fase do treinamento estou agora?". Faltam 31 dias para embarcar para Argentina e encarar a tão sonhada meia maratona. Nem parece que já se passaram quinze semanas de quando decidi estrear na distância. Recebi a planilha semanal e percebi que os treinos continuam fortes. Hoje a programação do treino do dia está para: 3x3K Limiar - abaixo de 16' - Rec. 3' Lento. Ui!!
Pra quem não sabe, a planilha serve para planejar e estipular a periodização do treinamento. Apesar do nome, a periodização nada mais é do que o conjunto de ciclos que compõem o macrociclo (no caso a planilha de treinamento). E dependendo do objetivo do corredor, ela varia de seis a 20 semanas.
Vou destacar uma matéria publicada na
edição de nº 100 da Revista O2, onde explica cada uma das fases de treinamento. Lendo, percebi que estou saindo do específico para fase de competição em si. Os resultados tem saído dentro do planejado. Daqui a pouco, vou ter que trabalhar é a ansiedade.
Conhecendo um pouco mais das fases do treinamento
Dentro da periodização estão os mesociclos, que incluem as diferentes fases de uma planilha. Mas, essas fases variam de acordo com o nível do atleta e também de sua prova-meta. Com isso, é possível citar as três mais comuns, presentes na grande maioria dos programas de treinamento. São elas: base, específica e competição.
- Base: Primeira fase de um ciclo, a “base” dura, aproximadamente o dobro de tempo da específica. Nela há uma adaptação do corpo à corrida, para que o atleta se prepare para as próximas etapas, visando maior resistência a contusões. É caracterizada pelo volume (quilometragem percorrida) um pouco maior e de intensidade baixa, com um aumento de distância de 5% a 10% por semana. Camargo também explica sobre isso: “Se a distância passar disso o atleta pode sofrer uma lesão e perder seu desempenho”. Assim, tanto seus treinos de velocidade como os intervalados, são feitos com frequência e intensidade menores.
- Específica: É nessa fase que o corredor passa a ganhar velocidade. Em comparação com a primeira fase, possui volume menor e decrescente. Em compensação, a velocidade aumenta, e o atleta realiza dois treinos intensos por semana (um microciclo).
- Competição: Antecede a prova-meta. Aqui o atleta começa a “colocar o pé no breque” para descansar, mas sem parar de treinar, para chegar bem na corrida. “Para maratona essa fase dura cerca de duas semanas, mas para uma prova de 10 km uma semana é suficiente”, diz Camargo. Portanto, volume e intensidade não são tão altos e não há treino de ritmo.
Não podemos esquecer que, em cada programa existe também o período chamado de supercompensação, que recupera o corpo no final de cada fase e o prepara para a próxima sequência de treinos. Emerson Gomes, diretor técnico da MPR fala um pouco desse período: “Ele se caracteriza por ser um período de menor volume e intensidade, servindo para assimilar a sobrecarga das semanas anteriores”.
Forte abraço e bons km's turma!!!